quinta-feira, 17 de maio de 2012

"Um dia, ele vai embora, maninha, para nunca mais voltar"


        

             Um drinque no Inferno

      Ser diretor nas unidades escolares do Estado do Rio de Janeiro é sinônimo de ser capataz.
      A direção dessas unidades não dispõe de autonomia alguma e de nenhuma prerrogativa democrática. Além do trabalho burocrático, exerce apenas a função de aplicar sobre funcionários, alunos e professores atitudes de coerção, de repreensão e de ameaça: algo como perda de bonificação extra (que nunca se pagou), suspensão de salários, perda de turmas, suspensão de lotação e, para finalizar, há casos de assédio moral, onde o profissional é desqualificado por rumores e piadinhas que o tornam incompetente, preguiçoso, criador de casos, rebelde sem causa, agitador, subversivo, mal-caráter, do contra e outros pequenos acintes que vão isolando o infeliz.
        Doar o sangue ao vampiro estado, para não ofender o sistema.
        Aos alunos, além das mesmas desqualificações, para citar um exemplo, dizem que sem o SAERJ ( uma prova imposta a todos do 9º. ano e do Ensino Médio) não alcançarão sucesso social na vida e ficarão fora de seleções para outros cursos e até de futuras premiações. Tortura psicológica, aquela que rebaixa e humilha o cidadão futuro. E isso são pequenos exemplos. O cotidiano é pior.
  Um regime do MEDO. Onde os mentores se escondem para  se dizerem democráticos. E os diretores, sem saída, pegam no chicote, para não voltarem à sala de aula. Local de que têm imenso pavor!
   Enquanto isso, alunos, funcionários e professores carregam a escola sobre os ombros tais qual medonho Atlas: açoitados e curvados, diante da "autoridade" do Estado e da subserviência covarde daqueles que mudaram de lado por migalhas jogadas ao vento.

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