Sonhos raquíticos
Não há novidades.
O tempo de sorrir passou.
Esperar por um tempo infindo.
O peso dos anos
não curva os sonhos
aos ombros curvados
De quem sonha.
Os sonhos não param.
Somente cá e e lá se escondem
ou pouco saem para brincar.
Quase não há expectativas:
Somente um tumulto
de garotinhos brincando.
Barrigudos na lama,
Em meio a miséria do para-sempre.
São sonhos acordados na cadeira
que nascem de dentro da caveira
e se perdem na gente...
E sem que vida possa cuidar mais
do que um pouquinho
dessa alegria suja,
criança-perdida.
De um tempo onde sonhos
outrora ganhavam a vida.
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